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Uso de tecnologia no futebol divide opinião de árbitros

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Os recentes erros de arbitragem nas oitavas de final da Copa do Mundo reacenderam a antiga discussão quanto ao uso da tecnologia para auxiliar as decisões dos árbitros durante as partidas. O coronel Marcos Marinho, chefe da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF), vê com bons olhos as possíveis inovações, mas aguarda a decisão da Fifa para implantá-las em São Paulo.

“Não digo que sou favorável, mas seria algo que viria para compensar algumas coisas que o árbitro não consegue ver, como gols em que há dúvida se a bola entrou, mas qualquer alteração teria de ser determinada pela Fifa. Se eles determinarem, teremos que aderir”, disse.

A entidade máxima do futebol atualmente concentra suas atenções na possível implantação de árbitros assistentes atrás dos gols, que ficariam responsáveis por determinar se a bola entrou ou não. Esta é a única mudança considerada. A medida já foi utilizada no Campeonato Carioca deste ano, mas o coronel Marinho enxerga dificuldades para fazer o mesmo em São Paulo.

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“A Fifa vem analisando essa questão, realizando experimentos. Nós estamos estudando tomar essa medida em São Paulo, mas não acho que os clubes sejam favoráveis, porque seriam seis árbitros por jogo e isso se tornaria um processo muito caro. Pessoalmente, acho que é positivo, já que haveria mais pessoas para evitar erros, como o que aconteceu no jogo da Inglaterra”, declarou, lembrando do gol inglês não validado pelo árbitro Jorge Larrionda, no jogo ante a Alemanha, pela Copa do Mundo.

Enquanto não há mudanças, o coronel tem a receita para evitar polêmicas: melhorar a qualidade dos árbitros. “Estamos tentando melhorar a parte humana para evitar erros, até porque não temos recursos tecnológicos para serem utilizados em todos os jogos, o que seria injusto com algumas equipes. Ainda é cedo”, ressaltou.

A opinião dos “homens de preto”

Apesar de ver pontos positivos nas inovações, o ex-árbitro Anselmo da Costa tem suas ressalvas. Para ele, lances interpretativos, como faltas ou impedimentos, devem ser analisados apenas pelo trio de arbitragem.

“Eu sou a favor da tecnologia desde que não interfira na personalidade dos profissionais. Eles devem tomar as decisões e pessoas de fora não podem interferir”, disse ele, que fez parte do quadro Fifa e não vê necessidade de transformar o trio de arbitragem em quinteto. “Isso é banal. O árbitro e os assistentes têm condições de saberem se a bola entrou ou não. No jogo da Inglaterra, por exemplo, era um lance simples”, exemplificou Anselmo.

Quem também vê a tecnologia com bons olhos é Sálvio Spínola Fagundes Filho, vinculado à Federação Paulista. No entanto, ele lembra que dois dos recentes prejudicados poderiam mudar o cenário atual. “Sou a favor da tecnologia, em casos como o chip na bola, que já passou por estudos, mas Irlanda e Inglaterra, que foram prejudicadas recentemente, fazem parte da International Board e se posicionam contra a tecnologia”, lembrou.

A International Board (IFAB, na sigla em inglês), é a entidade responsável pelas regras do futebol e suas mudanças e é composta por quatro integrantes da Fifa, um de cada federação britânica (Inglaterra, Irlanda, País de Gales e Escócia). (Fonte: Gazeta Press)


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